Além da manhã

Perdi-me na multidão da sua desatenção,

O que me consola bem mais que o desejável...

Não soou tão interessante quanto julguei

Também não ecoou naquele espaço almejado

Se nada deixou, sigo em busca da matéria-prima

É do vazio estúpido do amanhã que tecerei a rima

O tal verso pobre que há de encobrir rastros

Estou em busca da minha pedra brutal imperfeita

A que eu tinha como preciosa foi além na lapidação

Perdemo-nos; ela de mim, eu dela...

Então saí sem medo no meio dos temporais

“Sem a marca do Zorro no peito, que fique bem obscuro...rs”