VELHO POETA
Eu faço da poesia meu passatempo fiel,
Faço rimas canto verso com voz de
Um menestrel, com mãos trémulas
E cansadas designando um papel.
Faço versos com o tempo que servi-me
De companheiro ; vago ruas subo montes;
Entro em salas de orgias, entre rabiscos e
Rimas conto a vida em poesia.
Faço da minha lingüística um acervo sem
Igual, das angustias o acalento, dos Devaneios
O real , do leigo faço doutor, do infiel um leal.
Eu faço da primavera meu recanto de
Orgias , do néctar de uma rosa um cântico
Uma melodia, e da fusão que se dar
Toco a vida em harmonia.
Do fúnebre faço o mais vivo cantar l ivre e
Verdadeiro, das trevas a claridade a iluminar
Por inteiro, teu universo sombrio
Num instante derradeiro.
Com o corpo encarquilhado, sem muito apoio
Nas mãos, sou intrépido na luta e tenho por
Devoção transmitir a toda gente meu vedadeiro
Quinhão.
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Francisco Vantuilo Gonçalves