Horas vagas
Durante tanto tempo o medo, desculpas
Nenhuma mentira
Verdades caladas em verdades maiores que não se sabiam
Realidade nublada pelo que não havia de belo naquele “como vai?”
O fato é que não se quer saber além de um “tudo bem!”.
Não se quer saber que não, não está tudo tão bem assim...
Mas tem a velocidade, a rapidez... Não cabem explicações
É o já, o agora, o daqui a uma hora, duas no máximo!
Nada importa além das horas pagas
Talvez mais valha uma quantidade absoluta que momentos, que apenas são depósitos
Arquivo morto que cheira a mofo
Eu rio da vida...
Mas a ferida está aberta, coberta por perguntas sem respostas.
Não há resposta alguma para este não sei o quê
Vou sangrando pelos meus dias que atravessam minhas noites insones
Viajo pelo escuro e adormeço na luz
Não há arrependimentos...
O primeiro levou-me ao segundo, por causa deste conheci o terceiro
Poderia ter ficado com o primeiro, que era doce
Mas sem conhecer o terceiro, aí sim estaria condenada
Deveria ter um manual, mas não há necessidade
Para quem realmente é, sabe
Então, tanto faz...