O Matador

Caminhou por ruas estreitas sozinho

Em meio ao frio pecaminoso de seus atos,

Não foi escravo de suas dores e nem senhor de seus desejos,

Atirou-se de corpo e abraçou com o espírito

E por isso foi ferido pelos tiros do matador,

Perfurado, sangrou no asfalto dos tolos e ladrões de sonhos,

Com espanto, olhou nos olhos do matador cego,

Gritou... Arrastou-se e bebeu seu próprio sangue,

O matador nada viu ou sentiu,

Apenas apertou o velho gatilho novamente,

Selou a dor física e congelou as traições sem um final feliz,

Ninguém os viu,

Não houve testemunhas humanas,

Também não existiu culpa,

O matador cego de paixão,

Tinha atirado por amor,

Sua honra fora lavada com sangue de irmão.

Willians Rodrigues
Enviado por Willians Rodrigues em 26/07/2009
Código do texto: T1720989
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