Pela vidraça...
Pela vidraça...
Marilda de Almeida
Olhando pela vidraça, distante dos olhares,
Sinto falta da esperança, do sopro de vida,
No coração do próximo, de uma luz no final do túnel,
Que ilumine o caminho, a jornada...
Daqueles que lutam, para sobreviver ao caos,
Daqueles que deixaram de acreditar no amor, nos sonhos,
No perfume de uma flor que desabrocha,
Que teme o amanhecer chorando mágoas e dores.
Sente somente o espinho, ferindo a alma, na espera...
De não mais ser excluído da vida,
Onde sua alma dormita entre dia e noite,
Calmarias e tempestades.
Pela vidraça, gostaria de ver gente com alegria,
Com trabalho, semeando com seu profícuo labor,
O amor, sem utopias, brotando em seus lábios o sorriso,
Luzindo em seus olhares o brilho da esperança.
13/01/2009