Outros rumos
Outros rumos
Vanderli Granatto
Por incertos caminhos naveguei.
Tranquilamente fui ao encontro
do que desejava.
Revolto o mar, bravamente lutei.
Navegando pelas brumas da ilusão,
bradei aos céus, para que tudo clareasse,
que o mar se acalmasse,
que pudesse eu, seguir uma só, direção.
Meu pranto, meu lamento, foi em vão.
O vento uivava, levantava as ondas
e na agitação, minha tristeza aumentou.
Piedade implorei,
para que se dissolvesse a agonia.
Navegar a mar aberto,
com a maré mansa, recriar as ilusões,
encontrar alegria, sem tanta agitação,
era o que mais queria.
No vai e vem das ondas, com seus açoites,
morri a cada dia, um pouco.
Perdi a voz implorando pela calmaria.
O coração acelerado, maltratado,
jogado aos ventos do destino,
sofreu as agruras.
Agora, com o passar do tempo,
não quer mais se revoltar,
contra as ondas bravias.
O sofrimento o deixou triste,
oprimido, desconsolado, desanimado.
Quisera apagar a sina deste destino,
regressar ao ponto de partida.
Desejar e conquistar outro sonho,
pois neste senti
o encontro com a morte.
Amortecida ficaram todas ilusões.
Não quero ostentação,
muito menos compaixão.
Quero tão somente paz e união,
para seguir a navegação,
em rumo à felicidade
que deixará em festa,
este pobre coração.
Vanderli
22/07/2009
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