Flor da alma
Se a flor murcha que mora na alma
Antes relaxada e lívida
Flor perfumada e deslumbrante
Ainda habitasse em mim
Antes que agora esta rosa murcha
Sem pétalas e sem cor
Sem perfume e sem amor
Esta rosa de marcas tristes
Sem esperanças e sem sonhos
Apenas uma rosa
Tão morta quanto a essência de mim
Que se dissolveu na passagem
Do tempo imperdoável
Que mutila minha alma
Com essas marcas que não somem
E fazem a flor que antes habitava em mim
Morrer sufocada em angustia e medos
Porque nada mais sou
Que as pétalas murchas de uma flor morta
Cujas únicas alegrias
Estão em lembrar do antigo perfume
E das cores vibrantes que iluminavam
Dias felizes de um tempo que não volta.