Flor da alma

Se a flor murcha que mora na alma

Antes relaxada e lívida

Flor perfumada e deslumbrante

Ainda habitasse em mim

Antes que agora esta rosa murcha

Sem pétalas e sem cor

Sem perfume e sem amor

Esta rosa de marcas tristes

Sem esperanças e sem sonhos

Apenas uma rosa

Tão morta quanto a essência de mim

Que se dissolveu na passagem

Do tempo imperdoável

Que mutila minha alma

Com essas marcas que não somem

E fazem a flor que antes habitava em mim

Morrer sufocada em angustia e medos

Porque nada mais sou

Que as pétalas murchas de uma flor morta

Cujas únicas alegrias

Estão em lembrar do antigo perfume

E das cores vibrantes que iluminavam

Dias felizes de um tempo que não volta.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 22/07/2009
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