Cárcere
Por mais uma noite me vi deitado numa prisão sem grades, num mundo frio, sem vida, sem nada...
Por mais uma noite fiquei atirado ao relento de minha existência triste e sombria, buscando uma luz, mas meus pensamentos tornaram – se obscuros, onde todos voltavam - se a ti...
Por mais uma noite sonhei que estava acordado, onde minha vida era novamente real, que eu não precisava fugir todos os dias quando acordava, pois minhas noites eram o meu único abrigo.
Meu cárcere estava junto a ti, onde meus pensamentos todos corrompidos pela inexatidão do tempo, faziam-me um ser sem face um corpo sem vida, onde tudo se perdia lentamente.
Meus olhos sem brilho, deixavam – te, e por mais uma vez tive que fugir; fugir de mim mesmo para não encontrar a ti.
Por mais uma noite me vi atirado ao relento de minha existência. Deitado, preso em meu cárcere, onde lutei por tanto tempo para sair, onde hoje meu maior desejo é de estar atirado nele.