24 horas...
O tempo é algo falho... Recortado, entre as muralhas do que condicionamos como verdadeiro...
O efeito calendário... Os fatos marcados... A espera de uma carta... Tudo falho.
Eu tenho um horário próprio...
Resolvi oferecer-te 24 horas a mais, nesse ano inteiro de chocalhos... Um dia a mais... Um bissexto relicário...
O dia em seu fervor... Parei bem cedo para falar de amor... Perguntei ao teu interior o que falta dizer-me de fato...
Colhi as palavras certas... Para não magoar-te... Disse-te o que há de mais sincero...
24 horas... E, depois, tomarei meu rumo...
O tempo é algo falho... Mas, doo-te cada minuto dessa circulação diária.
Aguardo as palavras certas... O homem por detrás da fonte... E o ser que imaginei que fosse...
24 horas... Em parte recorte, porque o dia passa depressa, além das montanhas de sonhos...
O meu relógio avança... Quer da lua poesia... Da vida o agir de verdade... E, depois, a viagem para outra galáxia...
Se tratarmos do inconciente... Se delimitarmos os fluxos de uma geração psicológica... Teremos apenas fragmentos de um corpo em movimento...
Mas, nesse caso, servem de guia as vontades... As verdades... Então, aguardo que o dia passe...
O rumo nem vigiado pelos olhos sem retorno... Servirá de adorno para os próximos dias que encontrares...
Gosto do cheiro de canela que banha meu corpo... Será o guizo das lembranças que terás...
O tempo é um espetáculo... Falta apenas perceber que o dito é claro...
16:35