Versos e Reversos
A cada Janeiro, abre-se a porta de um ano inteiro, reânimo na confiança, numa festa de esperança, crenças numa romã, nesse nosso desejo de pisar o amanhã. Em ansiedade, acreditamos que o futuro virá, quando na realidade há, a possibilidade dele nos alcançar. O que temos, enquanto podemos, é sempre um tempo, o eterno presente. No qual ficamos, como Janus, olhando o passado e tentando ver, num Novo Ano, a alegria, a cada dia, um destino grato. Não há lembranças no futuro, mas esperanças no passado de que aquilo que fizemos, certo ou indecente, rendam melhoras no presente. E esse movimento, em que a gente corre, dentro do presente, é o momento, inclusive, no qual se vive ou se morre. A cada pórtico atravessado, no caminho que a vida traça, criamos o passado, enfrentando guerra e dor, ganhando graça e alegria, nessas terras do horizonte de espetáculos, com bifronte, bicéfalos, de párabrisas e retrovisor. Enxergamos os mundos a partir do que fomos, oriundos das escolhas, das raízes e das folhas, do que comemos em nossos extremos. Dor e êxtase, ódio e amor, doce e sódio, frio e calor... enquanto isso, zeladores dos elevadores, concedem ou bloqueiam, acesso ao fracasso ou sucesso. E vou ficando aqui, por enquanto, lendo arcanos, entre o início e o fim, como Janus.
A cada Janeiro, abre-se a porta de um ano inteiro, reânimo na confiança, numa festa de esperança, crenças numa romã, nesse nosso desejo de pisar o amanhã. Em ansiedade, acreditamos que o futuro virá, quando na realidade há, a possibilidade dele nos alcançar. O que temos, enquanto podemos, é sempre um tempo, o eterno presente. No qual ficamos, como Janus, olhando o passado e tentando ver, num Novo Ano, a alegria, a cada dia, um destino grato. Não há lembranças no futuro, mas esperanças no passado de que aquilo que fizemos, certo ou indecente, rendam melhoras no presente. E esse movimento, em que a gente corre, dentro do presente, é o momento, inclusive, no qual se vive ou se morre. A cada pórtico atravessado, no caminho que a vida traça, criamos o passado, enfrentando guerra e dor, ganhando graça e alegria, nessas terras do horizonte de espetáculos, com bifronte, bicéfalos, de párabrisas e retrovisor. Enxergamos os mundos a partir do que fomos, oriundos das escolhas, das raízes e das folhas, do que comemos em nossos extremos. Dor e êxtase, ódio e amor, doce e sódio, frio e calor... enquanto isso, zeladores dos elevadores, concedem ou bloqueiam, acesso ao fracasso ou sucesso. E vou ficando aqui, por enquanto, lendo arcanos, entre o início e o fim, como Janus.