D E S T E R R O
Em meu desterro, voluntário
Encerrei minha vida,
Por não confiar no amor!
Tentando curar as feridas,
Fui meu próprio juiz,
Um juiz severo, com pretexto,
De evitar erros e sofrimentos futuros,
Anulei minha luz natural
Contrario a lei da natureza,
Considerando-me incapaz de amar e sonhar.
Permaneci parado no tempo
Fraco, sem coragem de viver,
Prisioneiro de minhas ilusões
Das lembranças e da saudade.
Quis decidir, escolher o caminho a seguir,
Mudar o destino
Na certeza de não sofrer.
Recordo você e o medo que sentia
Percebo o grande erro que cometi,
Tornei-me um boneco, sem sentimentos
Passando pela vida, apenas
Obedecendo as regras estabelecidas.
Inseguro, com medo das próprias reações
Triste, sem encarar a realidade,
Perdido em mundo de sonhos e solidão.
Machucando-me, desafiando os mistérios da vida
Coração oprimido nas dores do passado,
Um fantasma, sofrido e solitário
Cansado á vagar em busca
Da pessoa amada e não a encontrar...
Anos de angustias, preso
Em lamentações, revolta e dores.
Nada adiantou fugir da paixão
Dos desejos que me atormentavam...
É preciso deixar de sofrer, buscar a felicidade,
Olhar no fundo do coração
Procurar minhas próprias verdades,
E elas ficaram em você
Meu amor, minha vida, minha felicidade.
Tenho ímpidos de correr ao seu encontro
Tomá-la em meus braços, beija-la docemente,
Olhar além dos preconceitos e libertar-me
Das prisões que sufocam minha alma.
Queria poder fitar seus olhos
Sentir todo seu encantamento
E na força de todo seu ser,
Como um milagre, em seu amor
Novamente , para a vida, renascer.