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Onde agora as letras festivas?

Qual metáfora as esconde...

Mestres ou aprendizes...

Havia uma vontade, sim

De buscar do poema, a forma mais perfeita

O tom cordial entre os poetas

O ritmo do verso de cada ser

A rima alternada, a troca de saber

Havia uma melodia no ar

A musa poética tocava a sua lira

Inspiração ditava acolhidas

A poesia era o mote absoluto

Inda que singulares faces existissem.

Uma corda dissonante, quebrada

A lira silencia

No espaço de outrora,

Hoje o cântico não existe.

Poetas se aninham no canto

Joãos de Barro em vôos solitários

A cada viagem um galhinho, a folhinha

A construir o seu próprio ninho.

Nos tempos de escola,

Às vezes para retornar a harmonia,

Garotos brincavam o jogo da verdade.

Uma andorinha só não faz verão.

A estação é de inverno.

Resta uma vitrine de poemas

Do tempo em que o calor da hora

Marcava aqueles encontros

Memoráveis e fraternos,

Quando éramos aprendizes, sim

De fazer versos e de bem viver.

Um brinde aos poemas

Retalhos de cada um

Varais que expõem em versos

Poetas nus, com vestes de poesia.

16/07/2009

3h26m