A cada dia o seu preço de estar vivendo e se mantendo obrigatoriamente consciente,
A cada responsabilidade inadiável e intransmissível, a reflexão-constatação de não poder negá-las,
A cada luta diária, a esperança de que dias diversos e mais felizes serão presentes e presente,
Viver é pagar um preço, não é somente escrever um script descompromissado,
Afinal escrevemos esses roteiros sozinhos ou não? Até que ponto a grande mão nos alcança?
As horas passam lentas e difíceis, incompreensíveis ao senso crítico da simples observação,
Não entanto, as horas também passam aceleradas até demais nos momentos de puro prazer e deleite,
Como é difícil sonhar, manter o equilíbrio das condutas opostas, necessário ao fluir da vida,
Estar preso a viver o possível e manter intenso o desejo tão intenso no pouco tempo para sonhar...
Um exercício de absoluta convicção para não perder a coerência em cada passo, em cada surpresa do caminho,
Pois não se pode permitir a instalação da revolta que tanto embrutece, muito menos a autopiedade assimilada das culturas herdadas,
Lutando bravamente, vivendo na e da esperança que não pode ser quimera e muito menos justificativa,
As circunstâncias dos caminhos são várias, impedidoras, afastam as liberdades de ser, só a tolice ou a maldade as ignoram,
E assim correm e se arrastam os dias, um de cada vez, nenhuma vez em cada um, lentos e tediosos, momentos de exceção tão fugazes...


Diana Esnero
Enviado por Diana Esnero em 16/07/2009
Reeditado em 16/07/2009
Código do texto: T1702106
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