CREPUSCULAR

O sol desaparece no poente e adormece em seu berço crepuscular. Deixa suas trilhas - um facho de luz multicor, que fascina a visão de quem está a observar.

O calor abrasador, de uma tarde de verão, é trocado por uma suave brisa do final do entardecer. Anuncia-se o clima agradável, de uma noite potiguar, que já se descortina na imensidão do universo. Enquanto isso... Na sacada, ela imóvel, continua a esperar. O tempo parece não passar. Observa encantada, com tudo que estar ao seu redor. É parte integrante da natureza. Deixa-se seduzir por essa onda natural... É acariciada em sua face pelo vento. Em seu olhar, reflete o brilho das estrelas. Em seu silêncio, o grito da saudade. Em seus pensamentos as mais doces reminiscências. Ah, tantas lembranças que se aninham em sua mente! Parece até escrava de suas lembranças, ou seria o contrário? Que importância tem isso agora? Precisa delas para alimentar seus sonhos – é alento para a alma, é viver, é prazer!

Agora, seu desejo é cair nos braços da noite, se entregar de corpo e alma, adormecer.

Sonhar que em poucas horas, surgirá um novo alvorecer.

Cellyme
Enviado por Cellyme em 14/07/2009
Reeditado em 17/07/2009
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