Folha Virada
Um dia...fui folha verde
do galho de árvore da mata.
Agora, sou folha solta, navegante distante,
dentre muitas, esquecida...nesta ilha de
folhas que pertenci...
Fiz tudo de melhor que pude,
folha missão, da árvore que morei...
Neste verde vale, sombra fresca e acolhedora,
realizei...!
Brotos e frutos que hoje se foram ao
destino paladar do homem, tão comentado;
vi crescer lado a lado, entre os frutos do pomar.
Fui folha presente, ouvi os sonhos dos frutos e
da célula da árvore da vida, e
dos poetas fonte inspiradora;
ou tantas esperanças perdidas..!
Sempre achei que ali era meu lugar;
assim como pensavam os seres
que chamamos de gente...!
Os mesmos que me tiraram de um
pequeno universo, que um dia soube,
que se chama semente...
A todos, que abaixo de mim, avistei;
grande, absoluta e poderosa
pensei...!
Considerava e via-me no topo do mundo,
balançava e acenava ao vento...
Fui bailarina folha, da árvore do rei...
Um dia... vento irado, querendo às
árvores provar seu poder,
se fez vendaval, ceifando-me do galho,
que em vão tentou segurar-me,
na intenção de cumprir seu dever.
Afracado o galho, pelo vento ameaçado,
me soltou, despenquei...!
Em cândida queda,
eminente prazer ilusório,
folha inocente criança,
voei...!
Ao sabor do invisível vento, alento,
sacudindo e bailando, ao incerto dever,
me entreguei...!
Em breve sonho viagem inércia,
Turbulenta e amarga queda,
folha que um dia fui;
acordei...!
Em décimos de segundos, revivi todo o meu mundo...
Aí, me toquei...!
Agora, sou folha sozinha...viajeira em fim de linha,
sem destino, ao rio, meu último e
certeiro caminho...!
À vontade do tempo, descorada, seca e sem vida encolha...
Vagando ao léu...barquinho de papel...!
Folha...
Vejo agora, tantas outras à margem...em aceno...!
Reverentes a minha passagem...!
Sou folha em viagem...
Teria sido pura miragem...?
Viremos a folha:
Talvez, sejamos todos nós,
folhas em viagem...!
Podemos fazer tantas escolhas;
subir ao topo e se quisermos,
fazer o mundo girar...
Mas, da queda, da inércia e rios dessa vida,
não haveremos de escapar...
Um dia...fui folha verde
do galho de árvore da mata.
Agora, sou folha solta, navegante distante,
dentre muitas, esquecida...nesta ilha de
folhas que pertenci...
Fiz tudo de melhor que pude,
folha missão, da árvore que morei...
Neste verde vale, sombra fresca e acolhedora,
realizei...!
Brotos e frutos que hoje se foram ao
destino paladar do homem, tão comentado;
vi crescer lado a lado, entre os frutos do pomar.
Fui folha presente, ouvi os sonhos dos frutos e
da célula da árvore da vida, e
dos poetas fonte inspiradora;
ou tantas esperanças perdidas..!
Sempre achei que ali era meu lugar;
assim como pensavam os seres
que chamamos de gente...!
Os mesmos que me tiraram de um
pequeno universo, que um dia soube,
que se chama semente...
A todos, que abaixo de mim, avistei;
grande, absoluta e poderosa
pensei...!
Considerava e via-me no topo do mundo,
balançava e acenava ao vento...
Fui bailarina folha, da árvore do rei...
Um dia... vento irado, querendo às
árvores provar seu poder,
se fez vendaval, ceifando-me do galho,
que em vão tentou segurar-me,
na intenção de cumprir seu dever.
Afracado o galho, pelo vento ameaçado,
me soltou, despenquei...!
Em cândida queda,
eminente prazer ilusório,
folha inocente criança,
voei...!
Ao sabor do invisível vento, alento,
sacudindo e bailando, ao incerto dever,
me entreguei...!
Em breve sonho viagem inércia,
Turbulenta e amarga queda,
folha que um dia fui;
acordei...!
Em décimos de segundos, revivi todo o meu mundo...
Aí, me toquei...!
Agora, sou folha sozinha...viajeira em fim de linha,
sem destino, ao rio, meu último e
certeiro caminho...!
À vontade do tempo, descorada, seca e sem vida encolha...
Vagando ao léu...barquinho de papel...!
Folha...
Vejo agora, tantas outras à margem...em aceno...!
Reverentes a minha passagem...!
Sou folha em viagem...
Teria sido pura miragem...?
Viremos a folha:
Talvez, sejamos todos nós,
folhas em viagem...!
Podemos fazer tantas escolhas;
subir ao topo e se quisermos,
fazer o mundo girar...
Mas, da queda, da inércia e rios dessa vida,
não haveremos de escapar...