Enfim, sós
Enfim, sós. Nós aqui, na garganta da noite, tentando curar um pouco a gripe que de tal garganta nos infecta. Enfim, sós. As rosas, as tuas rosas e o teu brilho trazem o orvalho como uma obrigação às rosas que, assim como tu, tens o meu amor como uma obrigação, posto que és angelical. Enfim, eu... Não me julgo triste nem me acho bem-aventurado, no mais, só tenho algumas bem-aventuranças financeiras. Soltos... Os teus cabelos soltos me fazem lembrar das chances que assim como cada fio de cabelo seu, são e estão a voar em ventos alísios que na maioria das vezes só batem à porta dos que não interessam tanto ao mundo. Enfim, sós mais uma vez. Agora estamos aqui, nas artérias do meio-dia, presos a uma hemoglobina cheia de NITRO em contraposição ao OXI. E as palavras faltam para expressar as dores, os sentimentos, os planos e as causas das reações que manifesto por ti. Se o nosso papo banal consiste nisto, nesta conversa tão nossa, certamente estaremos assim: ENFIM, SÓS.