Ora, bolas...
Quando eu era criança,
acreditava em Papai Noel.
E acreditava em Deus.
Hoje, sei que Papai Noel
não existe e Deus,
tão longe, é inatingível,
além de ser invisível.
Quando eu era pequeno,
brincava de bolinha de gude.
Crescido, jogava bola grande
e hoje, das bolas, sei lá.
Cresci. Deixei de brincar
e de tanto acreditar,
virei brinquedo do destino,
à manipular minha vida
e meus amores.
E êle, pródigo, brinca
de transformar meus quereres
em desamores.