Ontem

Ontem foi o dia da decisão final, derramei a última lágrima por ti, cheguei a conclusão que nem uma lágrima minha mereces, fizeste-me de boba, usaste, enganaste e desenganaste, mais que um dia achei que tivesses a capacidade de fazer. Estava disposta a dar uma oportunidade a nós, a ti, pensei que éramos dignos, mas enganei-me, voltei a iludir-me a teu respeito, tornei a sair magoada desta história de brincar para ti, voltei a crer em algo que não existe ao menos para ti. És, sem dúvida, a minha maior desilusão, meu Deus, és um miúdo que deseja tudo e o tudo termina por perder, cresce amor, cresce, só assim poderás viver, somente deste modo saberás o que é amar e ser amado. Agora perguntas-me porque estou diferente? Eu? Eu permaneço semelhante a ti, fria, distante, tudo o que tu és, eu sou neste instante. Questiono-me, e o amor que eu mencionavas sentir? Permanece em mim, mas irá morrer, serei eu a fazê-lo sucumbir, não o mereces, e eu não mereço sentir algo que me faz tanto mal. O meu universo acabou de perder o seu rei, mas eu permaneço viva, com um sorriso, porque simplesmente tu não mereces sequer um pouquinho de mim, e a tristeza estará escondida detrás de um sorriso que jamais chegaste a conhecer na realidade. É um adeus, um adeus que dói, mas é um adeus sincero.