"Ode ao deus Rá"

E eu grito, como em uma dolorosa ode: cessem os ventos frios, cessem as lamurias! Quero o deus Rá safado, nu e devotado, aos meus pés. Quero minha pele tostada, marcada apenas pelos poucos traços do biquíni!

Oh Céu choroso, quem o fez triste não merece minha música; merecedor único da Ira Anita, safará se sorte tiver de uma voadora mortal: fez-te lacrimoso justamente em Julho!? Justo seria se o tornasse ébrio, um boêmio poeta.

E canto novamente, ao meu deus teso Rá, que queime minha pouca vergonha com seus raios vadios e faça-me súdita de sua soberania.

(Rá, ouça o grito desta súdita: férias e chuva? há combinação mais broxante?)