POUCO MAIS QUE NADA

Olhando em volta de mim mesma
Pergunto-me o que estaria a ver
Se não há nada mais que espaço vazio?
Silencio absoluto...
Ah! Esqueci que há milhões de folhas
Que caem de secas e que esmagadas
Pelos nossos pés
Não têm tempo para reclamar.
Olhando à minha volta
Parece que estou absolutamente só
Tudo que escuto é o silêncio que faz coro
Com a solidão companheira inseparável.
Olhando à minha volta,
Parece que a distância entre eu e os outros
É ainda maior.
Olhando à minha volta
Parece que sou pouco mais que nada
No meio do mundo.

Brasília,DF
Registrado na Biblioteca Nacional