Se...

Se eu pudesse

escrever

tudo que penso,

amanhã eu seria suspenso,

seria “calado navio

selado”.

Vela sem pavio

eco silenciado.

Seu eu pudesse dizer

tudo que sei;

meu amanhã

seria tão somente,

um rastro de estrela cadente

buscando desesperadamente,

concatenar,

tudo, e porquê fizera;

num mundo de quimera,

onde o “certo nem sempre

está correto” e o erro,

quase sempre

é “ambíguamente”

perdoado...!