ESPERANÇA


Saúdo-te, ó esperança, tu que vens de longe, inundas com o teu canto os tristes corações,
tu que dás novas asas aos sonhos mais antigos,
tu que nos enches a alma de brancas ilusões.

Saúdo-te, ó esperança. Tu forjarás os sonhos naquelas solitárias e desenganadas vidas,
carentes do possível de um futuro risonho
naquelas que ainda sangram as recentes feridas.

Ao teu sopro divino fugirão as dores
como o tímido bando de ninho despojado,
e uma aurora radiante, com suas belas cores,
anunciará às almas que o amor é chegado.

                                                    ( Pablo Neruda)

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 08/07/2009
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