SER OU NÃO SER POETA ,EIS A QUESTÃO.
Ser poeta não é pegar uma folha em branco virgem e mancha-la
com prolixidades fúteis.
É desvirginar a pureza da veia poética.
Tão pouco jorrar efemérides sobre a planície do saber.
Outrossim, ecoar a quatro ventos, o barbarismo do cotidiano.
Ser poeta, não é narrar o desfecho, mas sim, aferrolhar as iniquidades
do fútil.
Não é achincalhar as emoções dentro do libidinosismo.
Poeta é ser,estar,em concomitância com as emoções e o prazer.
É privilegiar-se em ter anjos em colóquios nas profundezas da alma.
Extrair do fundo do intelecto a pureza e a suavidade da poesia e planar nas asas da imaginação.Sonhar acordado mesmo estando dormindo.
É deixar fluir os resquícios do ego.Esquiar nas nuvens do saber e
contactar com os anjos em suas harpas celestiais.
Escorrer nas gotas do orvalho nas manhãs de primavera e cavalgar junto aos pirilampos a iluminar os nossos seguimentos poéticos.
E conversar com Deus todos os dias.