CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emano,
Vem-me do coração.
Não repare. Não é engano.
Sou calmo como os campos do sertão...
Mas não abuse, por engano.
Não vá contra a arrebentação
Sou pura contradição
Mas esforço-me por não sê-lo...
Às vezes, basta-me um olhar enviesado,
Um sorriso amarelado,
Para eriçar-me o pelo.
A singeleza que ora emano,
Ledo engano, vem-me do fundo do coração.
Mas, quando sinto a vileza,
Bate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacão.
Daniel Amaral
02/02/2009