CONTRADITORIUM

A singeleza que ora emano,

Vem-me do coração.

Não repare. Não é engano.

Sou calmo como os campos do sertão...

Mas não abuse, por engano.

Não vá contra a arrebentação

Sou pura contradição

Mas esforço-me por não sê-lo...

Às vezes, basta-me um olhar enviesado,

Um sorriso amarelado,

Para eriçar-me o pelo.

A singeleza que ora emano,

Ledo engano, vem-me do fundo do coração.

Mas, quando sinto a vileza,

Bate-me no peito uma tristeza

E reajo como um furacão.

Daniel Amaral

02/02/2009

Daniel Amaral
Enviado por Daniel Amaral em 05/07/2009
Reeditado em 05/07/2009
Código do texto: T1683473
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