Memória em Retalhos

É que, quando preciso dizer algo, eu esqueço que a gente morre... eu esqueço que os impulsos passam... eu acredito que transito pelo eterno, e fico passeando pelos meus dizeres e desdobrando os meus sentidos, e aí... quando vou expor ao mundo uma nova verdade, um conhecimento inovador, um discurso outstanding; eu me calo - e faço uma singela pergunta: o que é mesmo que eu ia dizer?

Tive que esquecer como era ser feliz na ignorância, porque o véu se rasgou e ficou ali - exposta e autoritária - uma verdade perene: há os que amam e há os que existem.

A gente vai se acostumando a deixar de ser quem nunca foi.