Dia ruim
Hoje nessa manhã calma, nessa casa solitária fico a sonhar, as paredes brancas e vazias, as camas limpa engomadas sem ninguém para se deitar, a pia limpa sem pratos sujos, pratos sem ninguém para comer, e eu aqui sem ninguém para amar, me levanto para toma o café que está azedo, pois não tinha ninguém para coar, o pão largado em cima da mesa, e eu aqui esperando alguém chegar, eu vou a janela ver as nuvens que se somem pelo ar, vendo as nuvens formando formas desconhecidas, e sol brilhando em mais um dia sem saber o que vai iluminar, as nuvens contra ele faz sombra para esfriar, alguma coisa que se esquentou no sol, no sol árduo dessa vida a desandar, vejo a arvore grossa com suas folhas verdes que balançam no ritmo do vento, vento descontrolado, embriagado sem saber o que vai balançar, ele balança meus cabelos e toca o meu rosto que esta a se deliciar, saiu da janela e vou aporta para ver a rua, pessoas que trafegam sem saber para onde ir, pessoas que param e olham, sem saber onde elas onde estão, vendo pessoas que fazem o que fazem por simples fato de fazer, pessoas a morrer pelo simples prazer, que rua imunda que vejo calçadas de prazer, prazer em ver pessoas morrer, fecho a porta para não vê, olho novamente as paredes e vejo que é melhor ver elas brancas, sozinhas e encardidas do que manchadas vermelhas de insolência, fingindo que não se vê pessoas que não comem, não sabem o que é comer, vou a escrivaninha ler meus textos junto à brisa da outra janela, minha cadeira a três passos dela, vejo os prédios que entortam meu horizonte, vejo os aviões que poluem minha imagem de céu azul e anil, vou a meu leito solitário e durmo de novo para vê se o que vi foi, mas um sonho ruim.