Meu, teu tempo...

Meu, teu tempo...

É teu meu tempo de espera

Que urge, ansiando...

Tempo que finda o percorrer

Esgota os sonhos que permeiam

Exaurindo o intrépido discorrer...

É teu meu tempo que seca

Deságua indelimitando...

É teu meu tempo que ousa seguir

Vagueando extenuando, árido de querer...

Despindo-se ante o causticante consumir.

É meu tempo que cede,

Rendendo-me condescendente

Sucumbindo ao cansar.

É meu tempo vagante

Que priva, gastando as horas.

Pairando meio ao indelineável.

É meu tempo o teu

Gasto, surrado, embotado.

É teu tempo o meu

Roto que se esfrangalha,

Tempo rompido em farrapos,

Tempo imemoriável

Atávico, claudicante

Tempo que socorre o desmedido expectar...

Roseane Namastê
Enviado por Roseane Namastê em 02/07/2009
Código do texto: T1678831
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