Minha vírgula no teu ponto...
De braços dados,
embolados em abraços,
seguimos fazendo traços,
nos despimos em poemas
e nos fazemos pontos,
virgulas e tremas.
Somos sonetos desatinos,
meninos brincando risos,
bambolê de rimas e versos,
inversos da vida doida;
doídas frases ao acaso.
Eu caso com tuas letras,
rimando em mim, tua vida.
E na ida, levo flores
prá trocar com tuas dores;
que flores e cores encontros,
se farão nossos amores.
Acho tão linda a virgula,
pequena perninha caída,
pedindo ajuda prá ficar
e se encostar no teu ponto,
que só faz é me chamar !