Cores da Infância
Todos temos pressa de crescer neste mundo consumista e materialista somos deslumbrados por falsas imagens que prometem felicidade, satisfação e realização eternas, por meio de conquistas merecidas e lutas vencidas.
A realidade pode ser o meio distante possível disso, mas no mundo das crianças isso não é relevante, e sempre dá – se um jeito.
As brincadeiras são o trabalho, e garanto, rendem bem mais do que qualquer um. Mesmo que não lhe demos seu devido valor, falo por própria conclusão de alguém que também já chegou a duvidar dos poderes de uma criança.
Capazes de passar por cima de seus problemas com um sorriso verdadeiro, não precisam ignorar ou passar por cima de grandes problemas, porque sabem resolver qualquer historia, qualquer problema de divisão ou burocracia... onde cada briga dura apenas até o momento de começar a próxima brincadeira as noites de sono são tranqüilas e renovam as energias para um novo dia agitado e repleto de coisas novas, que da mais uma chance para se aprender coisas novas.
Onde a mídia e a publicidade ainda não atingem com tanta freqüência, e fica de lado a preocupação com o corpo perfeito das modelos e estrelas levando a maior preocupação com comida a ser o que vai ter de sobremesa ou se tem mais batatinha frita....
A musica é apenas uma alegria para momentos descontraídos, não a preocupação de um mercado concorrido ou a salvação para os momentos de depressão e raiva intensa.
Assistir desenhos animados na televisão é um dos passatempos favoritos de quem ainda não da importância ao fato de que nem tudo é verossímil, num mundo onde bigornas na cabeça altas quedas não matam, o mocinho é sempre o vencedor, bichos falam e o repetido pode ser sinônimo de mais divertido.
Ir a escola ainda não representa uma montanha de responsabilidades e cobranças e a maior preocupação é com as brincadeiras do recreio e o lanche a ser levado. A professora é quem toma conta e nos ensina as coisas, e os colegas que mais para frente podem ser pouco suportáveis, são todos amiginhos, com raras excessoes.
Onde as brigas se resumem a um gesto com as mãos mostrando um “to de mal”, que se convertem mais tarde em reconciliações com um gesto diferenciado para mostrar que “estamos de bem” novamente.
O dinheiro, o trabalho e as questões ligadas a política parecem bem menos relevantes, porque estão distantes , e são problemas dos adultos apenas, e a nossos olhos estes sempre resolvem tudo, e geralmente da melhor maneira, não havendo portanto nada para se preocupar.
Os pais sabem resolver tudo, da vida deles e da nossa e sabem tudo, por serem mais velhos. Por isso a verdade provem deles e acreditamos e defendemos aquilo que eles dizem.
Fingimos participar de tudo que envolve o mundo dos adultos em nossas brincadeiras. Imitando situações que envolvem o trabalho e a vida em família, onde podemos ser tudo o que quisermos e ter a vida que gostaríamos, criando mundos próprios onde com nossos amigos, bonecas, carrinhos e bichinhos dividimos a satisfação de uma vida bem sucedida.
Desenhar e liberar a imaginação para o papel com lápis coloridos para trazer mais vida. No que sem recriminações, possíveis garranchos ou esboços de estruturas são obras de arte ou figuras de hq’s que fazemos por conta própria e ficamos orgulhosos dos resultados.
Na época em que todos nos encorajam e podem elogiar ate aquilo que nem há para ser elogiado, adultos estão sempre apontando um suposto inexistente crescimento e perguntando pela profissão pretendida no futuro, mesmo sabendo que não é época ainda para se pensar nisso, e damos respostas variadas de acordo com o humor ou sonhamos com a realização de uma vida profissional em uma área nem conhecida, as vezes ate inexistente.
Numa época onde o futuro é algo certo ou a mais distante das preocupações, e nossos maiores medos são o escuro, o cachorro do vizinho e o monstro que se esconde em baixo da cama.
O choro pode vir acompanhado de um sorriso, merecedor de um doce que faz esquecer o motivo que trouxe a tristeza.
A leitura e aprender a contar são feitos dignos de se orgulhar, e outros estudos são preocupações daqueles já mais velhos, e algo muito complicado e distante.
Problemas de relacionamentos são facilmente resolvidos em nossas mentes, mesmo sem nunca termos nem idealizado um.
Não sabemos dos mistérios do funcionamento da tv, do radio e da energia e queremos sempre descobrir algo novo, procurar coisas, inventar, remexer...
Andamos descalços, tomamos sorvete, brincamos no parquinho, ou de pega - pega e esconde – esconde.
Nas horas de insônia podemos correr para a cama dos pais ou pedir que eles fiquem ao nosso lado ate pegarmos no sono, tranqüilo e livre de preocupações.
Não recriminamos nossas imaginação, temos cores e sabores favoritos de tudo, nem ligamos muito para roupas e achamos o maximo das façanhas aprender a usar a faca ou amarrar os sapatos.
Eu mesma ainda me lembro do dia em que acordei empolgada, porque segundo minhas próprias palavras havia aprendido a dar um lacinho, e sai fazendo nós por toda a casa.
É mais agora é momento de batalhas profissionais, muito estudo e trabalho, buscas sentimentais, e pessoais também. Cada dia é uma nova luta e a imaginação só serve para desenvolver os trabalhos a serem realizados.
Algum dia eu também vou ter saudade dos meus dezoito anos.
Todos temos pressa de crescer neste mundo consumista e materialista somos deslumbrados por falsas imagens que prometem felicidade, satisfação e realização eternas, por meio de conquistas merecidas e lutas vencidas.
A realidade pode ser o meio distante possível disso, mas no mundo das crianças isso não é relevante, e sempre dá – se um jeito.
As brincadeiras são o trabalho, e garanto, rendem bem mais do que qualquer um. Mesmo que não lhe demos seu devido valor, falo por própria conclusão de alguém que também já chegou a duvidar dos poderes de uma criança.
Capazes de passar por cima de seus problemas com um sorriso verdadeiro, não precisam ignorar ou passar por cima de grandes problemas, porque sabem resolver qualquer historia, qualquer problema de divisão ou burocracia... onde cada briga dura apenas até o momento de começar a próxima brincadeira as noites de sono são tranqüilas e renovam as energias para um novo dia agitado e repleto de coisas novas, que da mais uma chance para se aprender coisas novas.
Onde a mídia e a publicidade ainda não atingem com tanta freqüência, e fica de lado a preocupação com o corpo perfeito das modelos e estrelas levando a maior preocupação com comida a ser o que vai ter de sobremesa ou se tem mais batatinha frita....
A musica é apenas uma alegria para momentos descontraídos, não a preocupação de um mercado concorrido ou a salvação para os momentos de depressão e raiva intensa.
Assistir desenhos animados na televisão é um dos passatempos favoritos de quem ainda não da importância ao fato de que nem tudo é verossímil, num mundo onde bigornas na cabeça altas quedas não matam, o mocinho é sempre o vencedor, bichos falam e o repetido pode ser sinônimo de mais divertido.
Ir a escola ainda não representa uma montanha de responsabilidades e cobranças e a maior preocupação é com as brincadeiras do recreio e o lanche a ser levado. A professora é quem toma conta e nos ensina as coisas, e os colegas que mais para frente podem ser pouco suportáveis, são todos amiginhos, com raras excessoes.
Onde as brigas se resumem a um gesto com as mãos mostrando um “to de mal”, que se convertem mais tarde em reconciliações com um gesto diferenciado para mostrar que “estamos de bem” novamente.
O dinheiro, o trabalho e as questões ligadas a política parecem bem menos relevantes, porque estão distantes , e são problemas dos adultos apenas, e a nossos olhos estes sempre resolvem tudo, e geralmente da melhor maneira, não havendo portanto nada para se preocupar.
Os pais sabem resolver tudo, da vida deles e da nossa e sabem tudo, por serem mais velhos. Por isso a verdade provem deles e acreditamos e defendemos aquilo que eles dizem.
Fingimos participar de tudo que envolve o mundo dos adultos em nossas brincadeiras. Imitando situações que envolvem o trabalho e a vida em família, onde podemos ser tudo o que quisermos e ter a vida que gostaríamos, criando mundos próprios onde com nossos amigos, bonecas, carrinhos e bichinhos dividimos a satisfação de uma vida bem sucedida.
Desenhar e liberar a imaginação para o papel com lápis coloridos para trazer mais vida. No que sem recriminações, possíveis garranchos ou esboços de estruturas são obras de arte ou figuras de hq’s que fazemos por conta própria e ficamos orgulhosos dos resultados.
Na época em que todos nos encorajam e podem elogiar ate aquilo que nem há para ser elogiado, adultos estão sempre apontando um suposto inexistente crescimento e perguntando pela profissão pretendida no futuro, mesmo sabendo que não é época ainda para se pensar nisso, e damos respostas variadas de acordo com o humor ou sonhamos com a realização de uma vida profissional em uma área nem conhecida, as vezes ate inexistente.
Numa época onde o futuro é algo certo ou a mais distante das preocupações, e nossos maiores medos são o escuro, o cachorro do vizinho e o monstro que se esconde em baixo da cama.
O choro pode vir acompanhado de um sorriso, merecedor de um doce que faz esquecer o motivo que trouxe a tristeza.
A leitura e aprender a contar são feitos dignos de se orgulhar, e outros estudos são preocupações daqueles já mais velhos, e algo muito complicado e distante.
Problemas de relacionamentos são facilmente resolvidos em nossas mentes, mesmo sem nunca termos nem idealizado um.
Não sabemos dos mistérios do funcionamento da tv, do radio e da energia e queremos sempre descobrir algo novo, procurar coisas, inventar, remexer...
Andamos descalços, tomamos sorvete, brincamos no parquinho, ou de pega - pega e esconde – esconde.
Nas horas de insônia podemos correr para a cama dos pais ou pedir que eles fiquem ao nosso lado ate pegarmos no sono, tranqüilo e livre de preocupações.
Não recriminamos nossas imaginação, temos cores e sabores favoritos de tudo, nem ligamos muito para roupas e achamos o maximo das façanhas aprender a usar a faca ou amarrar os sapatos.
Eu mesma ainda me lembro do dia em que acordei empolgada, porque segundo minhas próprias palavras havia aprendido a dar um lacinho, e sai fazendo nós por toda a casa.
É mais agora é momento de batalhas profissionais, muito estudo e trabalho, buscas sentimentais, e pessoais também. Cada dia é uma nova luta e a imaginação só serve para desenvolver os trabalhos a serem realizados.
Algum dia eu também vou ter saudade dos meus dezoito anos.