SOCORRO, AMIGO!
Socorro, amigo... Quantas vezes você me ouviu dizer isso. E quantas vezes me socorreu!
Busco hoje, um socorro diferente, pois tenho em mente, poder traduzir você.
E corro ao dicionário, na esperança de encontrar a sua definição e encontro algo tão simplista, superficial... não é a resposta que esperava, vou continuar a busca, da sua mais completa tradução.
E recorro a música, ouvindo: "Amigo é coisa pra ser guardar, debaixo de sete chaves"... Sou obrigada a discordar... meu amigo é para ser comemorado, festejado, em todo lugar! Continuo ouvindo músicas e ouço: "Eu quero ter um milhão de amigos"... Para que quantidade, se na qualidade da sua amizade, eu completo todas as minhas necessidades?
Procuro textos na Internet... Alguns chamam amigos de anjos, de doces presenças, dando a conotação de uma figura vinda do além. Mas você meu amigo é tão carne e erros como eu! Como posso defini-lo assim?
Percebo nesse momento, o quanto é difícil traduzir o que sinto por você, meu amigo!
Talvez as respostas estejam em meu coração... É hora de dar voz aos meus sentimentos, deixar meu coração traduzir a vontade que eu tenho de homenagear você!
Sinto sua amizade forte, quando me leva a um canto, com um olhar furioso, colocando o dedo em riste, me chamando atenção, fazendo com que eu perceba o erro que iria cometer.
Sinto sua amizade terna, quando divagamos em lembranças de nossas vidas, relembrando a infância, a adolescência, amores, todas as nossas bagagens sentimentais!
Sinto sua amizade leve, brejeira, quando saímos pela vida afora comemorando pequenas ou grandes vitórias, rindo a todo o momento!
Sinto sua amizade sincera, quando dos momentos tristes que a vida nos presenteia. E tenho seu ombro amigo, suas lágrimas a se misturarem às minhas!
Se eu tivesse mesmo que traduzi-lo num objeto, diria que você é o espelho encantado da história da "Branca de Neve"... sempre presente quando chamado, mas nunca ocultando meus defeitos!
Ou talvez a extensão de minha mãe, ao me dar o remédio amargo que me cura, ou quem sabe do meu pai, a me impor limites, me fazendo "gente", mas sempre demonstrando em seus atos um amor presente!
Não... você é o AMIGO... que ganhei, que conquistei, mas que nunca consegui (na minha pequenez) traduzir sua importância.
Socorro, amigo! Me ensine agora, a ser para você, o tudo que representa na minha vida!
Santo André, 29.06.04 - 20:50 h