__O VÉU DA LOUCURA__
O dia não tarda a clarear.
Minhas lágrimas confessam toda a
angustia.
Nesta noite os pensamentos me visitaram
sem pressa de irem.
Eles continuam aqui sussurrando dores,
me lembrando o quanto ainda sou frágil.
Algumas emoções alcançam o coração e
são decepções que doem.
Sentimentos embalam minha alma em
sonhos distantes de algo que poderia ser
bom.
O bom juízo se afasta lentamente, me
sinto um tanto pertubada.
Dispersa em meus devaneios me rendo
as fraquezas humanas.
Deixo a dor me assolar, sangrando bus-
co a solidão.
Não tenho medo do escuro, tão pouco a
luz do amanhecer me conduz.
Tenho medo de mim mesma convivendo
com estes fantasmas.
Me busco, me desencontro.
Lamento, me rendo.
Choro até a exaustão e a dor persiste.
Faço morada na melancolia, me refugio no
sorriso camuflado mas não sou quem sou.
Uma cena pronta, uma pintura calculada,
uma encenação ensaiada sou representando
tedioso viver.
E não vivendo morro lentamente a cada
palpitar do meu coração.
Encarcerada na mesmice existencial não
há referencial.
Apenas há arduo caminho a seguir setenciada
pela covardia.
Prossigo chorando o amargo fel do comodismo,
total desatino das escolhas equivocadas.
_camomillahassan_