__O VÉU DA LOUCURA__
        O dia não tarda a clarear.
        Minhas lágrimas confessam toda a 
        angustia.
        Nesta noite os pensamentos me visitaram
        sem pressa de irem.
        Eles continuam aqui sussurrando dores,
        me lembrando o quanto ainda sou frágil.
        Algumas emoções alcançam o coração e
        são decepções que doem.
        Sentimentos embalam minha alma em 
        sonhos distantes de algo que poderia ser
        bom.
        O bom juízo se afasta lentamente, me 
        sinto um tanto pertubada.
        Dispersa em meus devaneios me rendo
        as fraquezas humanas.
        Deixo a dor me assolar, sangrando bus-
        co a solidão.
        Não tenho medo do escuro, tão pouco a
        luz do amanhecer me conduz.
        Tenho medo de mim mesma convivendo
        com estes fantasmas.
        Me busco, me desencontro.
        Lamento, me rendo.
        Choro até a exaustão e a dor persiste.
        Faço morada na melancolia, me refugio no
        sorriso camuflado mas não sou quem sou.
        Uma cena pronta, uma pintura calculada,
        uma encenação ensaiada sou representando
        tedioso viver.
        E não vivendo morro lentamente a cada
        palpitar do meu coração.
        Encarcerada na mesmice existencial não
        há referencial.
       Apenas há arduo caminho a seguir setenciada
       pela covardia.
       Prossigo chorando o amargo fel do comodismo,
       total desatino das escolhas equivocadas.
                 _camomillahassan_
       
        
       
CAMOMILLA HASSAN
Enviado por CAMOMILLA HASSAN em 29/06/2009
Código do texto: T1672732
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