Meio dia no sertão

Ravinas formam teias por todo o chão de barro. A sala escura e abafada é sustentada pelas varas. O chinelo de couro no canto do cômodo, o chapéu de palha caído, a pexêra queda na cintura do homem entristecido. Seu rosto lembra a textura do solo. Todo o silêncio é rompido pelo ronco da barriga que logo cede a mistura de farinha e água.

2007