Tempo 2
Passou... Não o encontro mais...
Psicologicamente marcado pelo retorno... Um flashback... Ou desconforto?
Nas linhas das mãos... Cigana que torneia... O vira-vira das marcas, que da palma marcam a fina camada da pele... Olhar do avesso... Perceber que o solo permeia o rosto castigado pelas caricaturas que criamos.
O tempo, flagelo de ilustrações calendárias. Meu marco é o infinito... Abrigo.
Cronologicamente, posso colher pêndulos... O zunir de um traço falho.
Meu relógio marca as horas que não preciso... Sou o marco de um desgarrado sorriso.
E, se porventura, rasgo os dias... Posso ter nas mãos a ampulheta das cores frias... Repito: Sorte.
Nem percebo o que falam os dedos... Marcariam nas cavernas os rascunhos de uma contagem rupreste... Ou o amarelado cipreste... Sempre-verde... Egípcio túmulo.
É assim... Meu tempo.
Colho em lua, as finas marcas das marés...
E ademais, Sou a estrela que colheste nas explosões do amor...
De fino trato são os dias... Para quê contar as contas de um ábaco dedilhado?...
O tempo molda as linhas de um destino... É o tempo que corrói as minas d'água.
Gosto dos teus castelos... Toscano rótulo.
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