Divagando...
Sandra M. Julio
Não podemos deter o tempo... Nem dele desvendar todos os segredos e desafios.
Como a palavra é vassala da reflexão, ponho-me a divagar...
Deito-me sob um manto de estrelas e vejo o infinito circunscrito em meu finito, adormeço feras, e as lágrimas rompem a represa d’alma, turvam-se as águas quando silencio segredos.
Nômades dúvidas permeiam este momento... Sensorial, a lua chega clareando caminhos, mostrando que viver é conquistar desafios telúricos e univérsicos, interrogando cada dúvida até obter a liberdade das respostas, compreendendo na alma e na essência, o Cosmos.
A magia do sentir contém o poder e a força da criação, pois sentir é criar, é se deixar entender a linguagem do universo. Assim vejo a vida, em liberdade e compreensão, fluindo na plenitude do Amor que se alimenta da gratidão de experimentar a sensação de estar vivo e do poder realizar, ciente de que o amor é impelido pelo conhecimento e pela curiosidade de saber mais e mais... Pois nosso espírito cresce por meio de experiências assimiladas.
Neste mágico instante sinto como se Criador brincasse comigo, mostrando-me que a consciência, a beleza e os sentimentos são universais e que possuo um poder quase ilimitado. Concluo que, se Deus quisesse um Universo perfeito, não teria criado o homem, nem lhe dado o livre arbítrio.
Das trevas da minha ignorância, vejo uma estrela a sorrir, e em paz adormeço.
Sandra
07/01/06