Mar-esia
Acordei com algumas ideias, fiquei sobremodo contente
Pois dormira achando que perdera a verve da poesia
Durante a noite não conseguira construir nem uma frase
Que tivesse algum sentido filosófico ou poético.
Agora escrevo como um poeta que dormiu embriagado
Com uma dor de cabeça imensa ou ébrio de ressaca
As ideias são tantas que não consigo acompanhar
O raciocínio com os dedos de teclado.
Este atual estado sorumbático nada tem a ver
Com o que tem me ocorrido ultimamente
Que é o fato de fazer um poema em cada esquina
Como quem pega uma prostituta em cada porto
Uma ilusão fatídica de que a vida é uma eterna maresia.