Mar-esia

Acordei com algumas ideias, fiquei sobremodo contente

Pois dormira achando que perdera a verve da poesia

Durante a noite não conseguira construir nem uma frase

Que tivesse algum sentido filosófico ou poético.

Agora escrevo como um poeta que dormiu embriagado

Com uma dor de cabeça imensa ou ébrio de ressaca

As ideias são tantas que não consigo acompanhar

O raciocínio com os dedos de teclado.

Este atual estado sorumbático nada tem a ver

Com o que tem me ocorrido ultimamente

Que é o fato de fazer um poema em cada esquina

Como quem pega uma prostituta em cada porto

Uma ilusão fatídica de que a vida é uma eterna maresia.

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 16/06/2009
Reeditado em 18/06/2009
Código do texto: T1651218