Sina
Leio-te lentamente, e sinto, sinto tanto:
Ai porquê estou tão só, tão triste,
Se ainda á tenho, inda que finda, momento,
Será vida? Sina? O amor decerto existe.
Leio-te, descansa sobre meus dedos,
O cansaço desgosto de minh'alma vazia,
De si quem sabe, cheia de ti, enebriada,
Será desgoto que aos dedos contagia?
Leio-te, leio-te mas não te acho,
Perdeu-se o teu ser nas letras,
Quando de mim, de nós partiu,
Será minha sentença a cada passo...