A REVANCHE DA DONZELA

Então chegou o assaltante,

Disse moça tome tento,

Não dê uma de valente,

Ou vai morar no cemitério,

Não quero fazer mistérios,

Vá passando os seus pertences,

Seu jeito não me convence,

E posso até lhe matar,

Se acaso esboçar,

Reação contraditórias,

A esta alma simplória,

Que tenta ganhar a vida,

De forma muito sofrida,

Nunca teve esta moleza,

Vivida pela senhora,

Que por certo trabalhou,

Para ganhar seus tostãos,

Mas nunca sujou as mãos,

Em um evento assim,

E levou fama de ruim,

Até um dia morrer.

Não teve que padecer,

Desta descriminação,

Que denigre a vida então,

Lhe deixa a baixo do pó,

Quase sempre acaba só,

Por ficar muito visado,

Por ter matado e assaltado,

Pessoas boas e honestas,

Não há motivos para festas,

Quando se é agredido,

Mas também é tão sofrida,

A vida do agressor,

Compartilhando desta dor.

De um chefe de família,

Que encontre sua filha,

Desesperada e aflita,

Dizendo fui agredida,

Não quero mas nesta vida,

Passar por um inferno destes,

Este homem de má fé,

Semelhante a lúcifer,

Precisa ser apenado,

E o seu couro espichado

Na frente da catedral,

Pra nunca mais fazer mal,

A uma donzela charmosa,

Cheirosa feito uma rosa,

Mais triste que um funeral.

MJ.