NEIRE
Meus sonhos me encontraram lá no cerrado
E me induziram a desembestar com eles cavalgando
Pegando ônibus e andarilhando em direção aos pampas
E eu só tentando reuni-los e acalmar nessa trajetória
Sendo eles difusos/histéricos e inúmeros
Fico correndo atrás deles
Para não me envergonharem com besteiras
Fui ser inocente e jurar-lhes cuidados perenes
Agora fico aí arcando as conseqüências
E meu nome é Neire por influência deles
Desmiolado esse meu destino
Com esses sonhos estabanados
Nunca me deixam ser plenamente madura
Ando servindo de babá deles
Brincando de carrossel e cavalinho
Atirei-o-pau-no-gato e ele não morreu
Ás vezes me chamam de Irene
Embaralhando as letras do meu nome Neire
Transformam Ariadna em Adriana
E vice-versa e frente e verso
Viram meus projetos do lado avesso
E eu palhacinha procurando esses sonhos loucos
No que acabo participando do joguinho deles de pique - esconde
Declarar que nos entretantos me fazem feliz
E têm me proporcionado as melhores amizades
Acaba sendo uma obrigação importante
Vivo com eles aventuras medonhas de boas
Com respeito e amor à minha família
E um conselho deixo a quem quer que seja
De não desistir dos sonhos jamais
Prezar incondicionalmente a família e a paz
Cuidar dos amigos com entusiasmo
Ter um cachorrinho
E andar cercado desses entes
Os sonhos com os amigos e a paz com o cachorrinho e os parentes
Para quando bater algum infortúnio e tristeza
Conforto a gente encontrar
Fora isso é besteira
Mas a culpa é dos meus sonhos
Estes seres medonhos
(Neire Ariadna – Todos os direitos desrespeitados ;)