Caixinhas
Cada caixinha que eu abro tem lá no interior mais dez.
E cada uma delas me entusiasma mais do que a que vem antes.
Será que devia me inquietar com o que vou achar na última? Quando todas as outras estiverem enjeitadas à luz da minha secura?
Deveria?
Hoje não, ao menos.
Hoje não há invisíveis, hoje não existe o centro da sala nem a crítica. Hoje existe o sorriso amarelo que não o é. Há o sorriso de quem se esconde, os olhos de quem indaga.
Hoje existem preferências.
E há bolo de fubá com chá mate.