59 - ATENÇÃO: HOMENS E MÁQUINAS!

 
Aos trabalhadores das Minas.
Homens e máquinas na curva da estrada e da vida
Falar de trabalho me leva a estranha viagem no tempo
Na cultura empresarial e no fazer
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A vida humana é constante entrega ao ser e ao fazer. Homens na vida, em um mar de serviços a ser feito.
Relação entre homens e máquinas, tal como a placa aponta para informar e se observar a segurança. Por trás deste relacionamento homem x máquinas, muito material/ciência/tecnologia desenvolvidas para adaptar o homem à máquina e não ao contrário. Sempre existiram conflitos neste dualismo.
Um destes ícones na área de manutenção de equipamentos de operação nas minas é o pneu.
Nosso trabalho: Manutenção de Equipamentos: - Pneus e Aros:

Homens máquinas e serviços cada um com suas pequenas e importantes funções, no pensar, no comandar e executar com maestria na consecução dos objetivos, com facilidade ou sofrido ato.
Trabalho de Campo:

Um trabalho prazeroso e às vezes realizado solitariamente na inspeção de campo ou com equipe. Gente trabalhando, realizando surpresas. Produto pensante, equipe multidisciplinar transparente e eficiente.

Como resultado se levado em conta somente os relatórios técnicos, reuniões, e decisões a tomar. Abstrato.
De concreto, disponibilização de máquinas ao serviço. Resultado consistente.
“Máquinas nas pistas, como barcos ao mar”.
Homens ao mar de serviços a serem realizados em terra, como capitães, marujos, velas. Observar bússola... Agora GPS, mudanças de rumo e de mentes.
Anotar dados e minúcias: Tonelagem/distância percorrida/capa-
cidade veicular/pesagem/temperatura da pista/aclive/declive.
O perfil da mina tem grande influência se em aclive e carregado estiverem, descendo ou subindo. Velocidade por milhas, distribuição do peso por eixo, (grade) níveis de curva devem ser observados e muitos outros detalhes.

Dados filtrados várias vezes checados como se ostra produzindo pérola. Resultado pensado e obtido, satisfação do mercado, compensado com custo operacional e ladeira abaixo. Pérolas aparentes, valiosas reluzentes.

É um trabalho de fabricantes/consultores e consumidores é o realizamos com informações, a menor delas começa com ferro em brasa como se gado fosse.
Marcação:
Fichado como registro de gente, Número de controle, Série, Nome do fabricante, Procedência. Assim, como no registro civil, os pais, nacionalidade, família, parentes em série. Embora seja único na feitura tem a vida inteira acompanhada, enquanto novo ou reformado, informações adicionadas a cada reparo ou reforma. O primeiro passo foi dado, marcado a ferro em brasa, registro feito, colocado em lotes, para o estoque levado, para o gado o chip, para o pneu o número dado, marcado e anotado. (DCT).
Assim, para o resto da vida, será ele acompanhado. Há que se ter boa estrutura tanto para o acompanhamento quanto o desempenho do produto.

Agora em diante, pneus colocados em serviço: Posição dianteira, traseira, interna, externa, ou intermediária, tração, livre rodar de apoio na sustentação, desenho para caminhões tipo “E”. Trator e Carregadeira L & D, cada modelo bem especificado: Veículo, posição, dia, hora compondo dados de entrada, Número de série, Horômetro de aplicação e remoção, motivo da retirada. Verificação de horas trabalhadas neste equipamento e em outros na sua ficha sua história ponto a ponto lançados, ordenadas e abscissas bem cartesianas.

A história individual e do grupo de pneus contada em média de horas trabalhadas. Perfil do desgaste, acompanhado e medido mensalmente. Verificação do estado geral se houver estragos cortes e outras avarias, tudo anotado na ficha, consertos, reformas se houver, como nova vida aparente.

Todo este trabalho gerado em relatórios, lançados em banco de dados consistente, de computadores e de gente. Dados para sempre guardados para análise das séries de pneus construídos de acordo com pesquisas feitas em campo, neste ou em outro continente.
Assim este serviço na empresa, dos mais importantes: Pneus e
Aros itens de despesa classificados nos relatório ABC.
Quase sempre material importado ou nacional compatível em preço de moeda corrente em câmbio dolarizado.

No acompanhamento observações, às vezes distantes, e vindas de Além Mar, como retroalimentação (feedback) aos trabalhos de campo, diferenças sutis e de pequena monta na operação e em uso. As mudanças e correções feitas aqui e ali resultados medidos, pesados, acompanhados, dirigidos a consequente melhorias de desempenho.

Pneu um produto onde são milhões de dólares investidos em desenvolvimento, disputas acirradas para conquista de mercado, empresas se digladiando até que o capitalismo neoliberal/mundial pusesse todas no mesmo barco e na mesma conta no banco.

“Muito mais do que aparenta pneu não é um trem preto com um buraco no meio”, como se dizia mesmo antigamente: Anos e anos de serviço, técnica bem apurada de equipes envolvidas, e compromissadas.

Tenho saudade do serviço, ver como fazem hoje tal acompanhamento.

Comecei a escrever esta crônica com uma ideia na cabeça para falar do relacionamento entre homens e máquinas circunstância paradoxal. Pois, pessoas se relacionam com pessoas. Um relacionamento humano e privilegiado enquanto funcionário da Companhia Vale do Rio Doce, muitos ganhos em conhecimento e amizades que continuam sendo cultivadas fora do ambiente de trabalho. São pessoas no nível de supervisão e gerência, comando e comandados companheiros de ferramentas, aquelas com quem dividíamos trabalho e responsabilidades. Todos, indistintamente, nesta crônica foram lembrados, sintam-se homenageados aqui e na vida são Personas! Gente!

Também para aqueles que já se foram: colegas, amigos, companheiros desta curta viagem, como passageiros que somos, dentre muitos: Geraldino Francisco Vilanova, Joaquim Justino Martins, José João Rosa, (Neném Boi), Sebastião Bernardino Alcântara, Dílson Aleixo, José Armando Belizário, Humberto Di Marco e Antônio Silva Menezes.


 
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CLAUDIONOR PINHEIRO
Enviado por CLAUDIONOR PINHEIRO em 14/06/2009
Reeditado em 10/02/2012
Código do texto: T1647824