Tudo e eu
Tudo em mim implora por algo novo.
Um sentimento, um gesto, um poema,
Qualquer coisa que valha a pena.
Talvez obtivesse o que desejo
Se não tivesse despedaçado cartas, acalentado dores,
Abafado gritos, arrancado pétalas de flores
Num bem-me-quer e mal-me-quer de amores
Que nunca me ocuparam.
Então me resta
Seguir com as sobras de um passado bom,
Sorrindo a cada loucura que faço e que fiz.
E no final pouco me importa o que o mundo diz.
Levarei alegria aos que amo,
Mesmo que meu sorriso cause furor
Aos que me odeiam.
Não paro onde muitos freiam,
Ao invés disso, eu acelero.
Portanto, senhoras e senhores, apertem os cintos!