A trilha obscura
Segue o verso e o teu destino
Não importa saída, só chegada
Um perfeito caminho é desatino
Como flecha lançada no escuro
Tu despertas a lua e tua amada.
Ela dorme em sonhos nebulosos
Só um verso primoroso acordaria
Uma ninfa ignara dos prazeres
Separada dos vícios dos mortais
Mutilada por uma tirania.
Não é santa, de crença não nasceu
Não comunga da carne o gosto vil
É um anjo errante pelo éter
Supra-luz que das trevas emergiu.