A trilha obscura

Segue o verso e o teu destino

Não importa saída, só chegada

Um perfeito caminho é desatino

Como flecha lançada no escuro

Tu despertas a lua e tua amada.

Ela dorme em sonhos nebulosos

Só um verso primoroso acordaria

Uma ninfa ignara dos prazeres

Separada dos vícios dos mortais

Mutilada por uma tirania.

Não é santa, de crença não nasceu

Não comunga da carne o gosto vil

É um anjo errante pelo éter

Supra-luz que das trevas emergiu.

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 11/06/2009
Reeditado em 11/06/2009
Código do texto: T1643196