O tapete de veludo cinzento
O tapete de veludo cinzento
22 de setembro 1994 – 21:25
O velho Senhor
observa atento,
as cinzas do que eu fui.
Medita as flores
que crescem ali,
longe de seu olhar
de Senhor urbano
e consciente e feliz.
Eu serei, Senhor,
tudo o que queira
agora que eu seja.
Serei o pouco e o tudo
de suas também cinzas.
Mirando-se em mim
para alem dos seus tolos sonhos,
você saberá um dia,
que a cinza nada fala
e nada quer, ou faz.