Você é meu céu infinitamente azul.
Me sentia pequena ante a imensidão
de um céu infinitamente azul.
Era um dia quente de verão,
no céu haviam pequenas nuvens brancas,
como que pintadas pelo pincel de um artista.
Seguia só por uma estrada de terra
e descalça ia sentindo as pequenas folhas,
que formavam um tapete multicor.
O frescor de uma brisa mais forte me acarinhava
e provocava em meu vestido branco um leve tremor.
Haviam árvores belas, de porte imponente
e entre elas um riacho de águas cristalinas,
água pura e fresca oriunda de alguma nascente.
Tudo ao meu redor me enchia os olhos,
estar ali para mim era como um divino presente.
Uma sensação de bem-estar e felicidade suprema
ia me invadindo e nisso seguia pensando,
tentava colocar todo meu viver em forma de poema,
declamar minha infância, o sabor meu primeiro beijo,
doces lembranças em mim e no ar cheiro de alfazema.
Sentia mil sensações abrigadas no coração,
infelizmente muitas esquecidas pela memória,
me lembrei dos momentos de amor, quentes como vulcão, no amor tive histórias de fracasso, outras tantas de vitória.
E assim pensando em amor, parei, de repente estremeci.
Era você a causa de tudo parecer tão belo, eis o sentido.
Fugia de você por te querer comigo, medo de repetir tudo que já havia sofrido.
E aí entendi o quanto preciso do seu carinho ... faltava você ali comigo.
