Cilada

CILADA

Costurava

Fazia meus nós

Tuas teias,

Enlaçava,

Fiava,

Seda,

Pelas mãos deslizava...

Tramava

Entremeios onde te prenderia,

Minha vã ilusão

Nos meus laços permaneceria,

Reforçados

Belos

Atraentes,

Licitude aparente,

Cega a presa se achega,

Hipnótico,

Entorpecido,

Estende mãos, braços...

Permite-se sem reservas,

Grade de seda,

Tênues correntes indeléveis

Invólucro assentido,

Tencionando sobejar,

O tempo virá?

Expressando

Permanecerá?

Só sei que nos olhos da presa embevecida

Evidencia,

Um lúgubre reverberar...

Roseane Namastê
Enviado por Roseane Namastê em 10/06/2009
Código do texto: T1641508
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