HORA CERTA
Tantos devotos, poucos homens de fé!
Quem és tu?
Pressinto sua chegada repentina, leve e catastrófica.
Num ato de loucura saímos correndo, perdidos na relva do campo.
Pra que isso?
Um dia saberemos, uma noite sonharemos, uma tarde reconheceremos.
Onde é que foram parar minhas sandálias diante de tantos pés descalços?
Alguém sabe?
Quem me falar pertence ao meu coração
Ele está sozinho e com os pés calejados de andar por ai
Há outro coração cansado?
Já, já chegará o dia dos afortunados, dos obreiros do amor
Continuamos almejando, tentando, buscando
Você buscou o seu?