" SENHORA DE MIM"
De súbito
eu desperto qual
uma "senhora" dos dias.
Tudo é tão rápido e ilúsório
que mal consigo recontar as auroras.
Jamais se segura os sóis com as mãos.
Portanto,
Já aprendi que não se doma o tempo.
Esse ditador insensível
que escreve os caminhos...
a nos esfacelar a pele, os ossos...
e os sonhos!
De repente eu desperto.
E sob mais uma aurora...
eu dou graças à vida!
Qual uma ingênua criança
Ainda a se acreditar senhora das horas
que nunca foram minhas.
Todavia,
Sei que apenas obedeço
à luz dum sol que me ilumina.
A poesia me aciona a consciência.
Agradeço de novo.
Embora desperte muito longe
de ser "senhora do tempo",
E mais distante ainda...
De ser "senhora de mim".