VIVENDO O AMOR
Acordar..., Despertar de um sono e sentir-se vivo,
uma emoção que a razão não explica. Porque a razão
não deixa transpor limites, um limite inexistente
para quem se faz presente nos pensamentos, na dis-
tância, e personifica a própria razão ao se impor
diante dela. Eu amo inondicionalmente o que a mim,
meu coração não explica, porque é meu o sofrimento
e a angústia, é minha solidão, o inexplicável gozo
da dor de um amor, pelos outros, esquecido. Eu
caminho entre pedras e seixos, descalço do egoísmo,
pois a imagem do horizonte, recria a explosão da
primeira batida do coração, do primeiro suspiro, do
primeiro sonho e me ajoelho implorando o fim dessa
estrada, o abraço de lágrimas misturadas na união
dos corpos amantes. Meu amor não é presente, é graça,
como tal, desprovido de merecimento, é ar do pulmão,
é choro do nada, é inspiração nascida no olhar calado
a uma pequeníssima pétala de flor. É incomensurável sentimento, uma jardim de poemas sem autores, dia a
dia, minuto a minuto, decorados pelo espírito que
enterrará na minha memória, a ilógica criação de um
homem que não discute essa graça recebida e guarda inconsciente a ilimitada emoção, em corpo tão pequeno.