ONDE FOI PARAR TEU VALOR, Ó MULHER?

Permitam-me o atrevimento. Busco, rebusco numa sacola furada. Perdeu-se !

Felizes foram nossas avós, e não sabiam. Tardes alegres, fins de semana , casa cheia.

Filhos e netos sem fim. Bolos, doces, alegria!

Eram chamadas ‘’sexo frágil’’, sua força consistia em ‘’pilotar’’ fogão e encaminhar roupas ao tanque.

Rosas, romantismo, beijos na mão. Mulheres tinham prioridades em todos os recintos.

Áureos tempos: das damas, donzelas e meninas.

As mulheres, insatisfeitas, queriam mais...reconhecimento, igualdade, paridade...direito à voz e vez.

Hora de revanche! O veneno destila em suas mãos, sair do prejuízo. Qual leoa, pronta a despedaçar quem viesse pela frente.

Agora sim, concorrendo junto aos homens, de igual para igual.

No entanto, subestimando sua própria natureza, abre mão do charme do galanteio. Já não seria a caça, passaria a caçadora, a mudança vai ocorrendo sem que ela perceba.

O lado positivo: igualdades de oportunidades, salários equivalentes, uma realidade de fato!

O dramático disto é a baixa cotação da mulher, hoje. Grande destaque a lei da ‘’oferta e da procura’’, provocando mudanças no cenário.

Da arte da conquista, a facilidade de conseguir.

De dama e donzela, a vagabunda e garota de programa.

Da primazia aonde adentrava, a livre concorrência em todos os espaços. E que vença o melhor!

De ‘’sexo frágil’’, a sexo fácil e explorado.

Dos corpos desenhados ou esculpidos, a corpos marcados pela violência.

Meninas, que aos treze anos brincavam de bonecas, a brinquedo nas mãos de homens nojentos e inescrupulosos.

De RAINHA DO LAR , reduzidas a redutos de prostituição, garotas propagandas, marketing atraente.

O seu valor excedia ao de rubis. Hoje confinado a flashes, brilhos , uns trocados no bolso. Ou simplesmente um passatempo preferido dos homens.

Mulher não é escória da sociedade.

Urge que se levantem mulheres de valor, num mundo sem valores!

Alessandra Borges
Enviado por Alessandra Borges em 06/06/2009
Código do texto: T1634385
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