Coroa vertical
Teus olhos e boca parecem ninhos
Natureza que abriga um sonho brando
Que atrai homem-pássaro cantando
Que se prendem em tristes torvelinhos.
Um abismo de fogo que provoca
Onde um jogo se perde sem jogar
Consciente, como bicho se enrosca
Pelas costas um tiro a lamentar.
Herói tomba por um laço apertado
De um desejo sublime capital
De viver um instante em pecado
Coroado com louros à vertical.