Coroa vertical

Teus olhos e boca parecem ninhos

Natureza que abriga um sonho brando

Que atrai homem-pássaro cantando

Que se prendem em tristes torvelinhos.

Um abismo de fogo que provoca

Onde um jogo se perde sem jogar

Consciente, como bicho se enrosca

Pelas costas um tiro a lamentar.

Herói tomba por um laço apertado

De um desejo sublime capital

De viver um instante em pecado

Coroado com louros à vertical.

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 04/06/2009
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